O estresse provoca muitas doenças segundo os especialistas. Embora nem sempre aspectos emocionais acentuem o processo de hiperidrose, ou suor excessivo, a doença pode se agravar em indivíduos sob estresse. O cirurgião torácico Marcos Chesi, especialista habilitado para cuidar da doença, explica que a hiperidrose ao longo dos anos acaba gerando uma tensão emocional e que realimenta o processo em um círculo vicioso, em que alterações hormonais começam a se intensificar, tornando o convívio com a hiperidrose uma condição difícil para muitos.
A hiperidrose pode também pode ocorrer sem que tenha acontecido qualquer alteração emocional, e até mesmo sem qualquer motivo aparente. Pacientes relatam grande constrangimento por passar a imagem de descontrole emocional, quando, na realidade, a pessoa não tem nenhum controle sobre o sintoma. “Em algumas pessoas aparece em baixas temperaturas ambientais e em outras em altas temperaturas. Para muitos surge em situações estressantes, para outros são o motivo do estresse”, afirma.
Alguns pacientes relatam que passaram a apresentar hiperidrose quando submetidos a responsabilidades maiores, geralmente profissionais, ou durante períodos de maior instabilidade emocional, como a adolescência ou em momento de problemas familiares, conjugais ou econômicos. Chesi explica que nesses casos, as pessoas já apresentavam a hiperidrose, mas com estresse emocional ela se manifestou. Ele chama essa situação de Síndrome do Gatilho da Hiperidrose, que nada mais é do que o conjunto de reações psicológicas decorrentes da hiperidrose genética, que gera ansiedade e se manifesta com o estresse emocional.